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A recusa da vagina:

Karen Horney, o feminismo e a feminilidade na psicanálise — Patrícia Mafra de Amorim (Artes & Ecos, 2023)

 

Karen Horney foi uma psicanalista que teve voz ativa nos principais debates teórico-institucionais do campo, foi co-fundadora dos Institutos Psicanalíticos de Berlim e Chicago, questionou o falocentrismo da psicanálise, inseriu pautas feministas em suas teorizações, mas teve sua figura e contribuições deixadas de lado por muito tempo. Estudiosos já chamaram este tipo de exclusão de repressão, recalque, morte pelo silêncio, entre outros tantos nomes na tentativa de compreender as influências, tanto do contexto sociopolítico quanto das mais sutis dimensões transferenciais na transmissão da psicanálise ao longo do tempo. Neste livro utilizamos a noção de trauma em Sándor Ferenczi para dar conta do desafio de compreender a marginalização de Horney e refletir sobre os aspectos da feminilidade que recusamos reconhecer durante séculos.

 

SUMÁRIO

 

PREFÁCIO Quanto se voa e ouve-se o canto anoitecido

por Ana Brancaleoni

INTRODUÇÃO

1. HISTÓRIA, MEMÓRIA E VERDADE

1.1 A historiografia psicanalítica e sua lida com dissidentes

1.2 O trauma em três tempos

1.3 Desmentido como conceito operatório

2. O PRIMEIRO TEMPO: A CONFUSÃO DE LÍNGUAS

2.1 Quem foi Karen Horney?

2.2 O campo psicanalítico: o que é Psicanálise?

2.3 Revisionismo na América

3. O SEGUNDO TEMPO: TESTEMUNHAR É PRECISO

3.1 A teorização como testemunho

3.2 Horney, feminismo e feminilidade

3.2 A teoria madura de Horney

4. O TERCEIRO TEMPO: O DESMENTIDO

4.1 Denúncia e desmentido na teoria

4.2 O desmentido nas instituições

4.3 Historiografia psicanalítica – um campo clivado?

5. FEMINILIDADE, CULTURA E NEUROSE

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

Patrícia Mafra de Amorim é  psicanalista, doutora em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, mestre em Estudos Psicanalíticos pela Universidade Federal de Minas Gerais, psicóloga (UFMG), membro do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi (GBPSF) e do Núcleo Brasileiro de Psicanálise e Psicoterapia Relacional. Estudiosa da história da psicanálise e das teorias feministas, interessa-se pelas tensões dos encontros transdisciplinares, especialmente da psicanálise com a universidade, assim como pelos processos formativos de analistas e pela transmissão da teoria psicanalítica.

A recusa da vagina : Karen Horney, o feminismo e a feminilidade na psicanálise

R$ 67,00Preço
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