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Denise Freitas dissipa os significados (“selos de línguas controversas”), através de uma abreviação e de um senso de lacunas cujos significantes ajustados, às vezes, ao constructo métrico e ao verso longo de ritmo distenso e similar ao andamento da prosa (bases sobre as quais a poesia pode ou pôde plasmar-se), e, às vezes, à música sem-versista da fratura e da sutil percepção de espacialização (estilemas da contemporaneidade) recompõem arranjos semânticos pelas interações de proximidade e contraste estabelecidas. A poeta sabe, felizmente, que tudo se passa de modo inapelável na superfície atritante da linguagem. O hermenauta-modelo de Percurso onde não há educa os seus cinco sentidos num pervagar impreciso por sobre o abismo pelaginoso do discurso poético de Denise Freitas que através de sua vontade de fazer linguagem acaba por nos comunicar estruturas significantes.

                                                                                                                                                                 Ronald Augusto

Percurso onde não há — Denise Freitas

R$ 30,00Preço
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