(Pré-venda) Transferências cruzadas: uma história da psicanálise e suas instituições
Daniel Kupermann
4ª edição | Editora Artes & Ecos, 2025
188 páginas | Formato 15,5 x 22,5 cm
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"O livro Transferências cruzadas nos convida a pensar a história da psicanálise atentos à hipocrisia engendrada e perpetuada, por vezes, pelo próprio projeto freudiano. Nessa perspectiva, o livro não é apenas um rico apanhado das instituições de psicanálise, no que estas determinam formas legítimas da formação, ou seja, não se alia à tradição historiográfica do movimento psicanalítico perpetuada por Ernest Jones que engendra a criação de hagiografias heroicas, elegendo personagens e instituições responsáveis por salvar a psicanálise do perigo de perder sua própria identidade (Klein, 2024).
O exercício historiográfico de Transferências cruzadas fornece uma contribuição para uma guinada política da história da psicanálise e suas instituições, retirando-a de qualquer lugar de neutralidade. A neutralidade, sabemos, é o pior política que ela é a política disfarçada de não política. Os cruzamentos transferenciais destacados por Kuperman revelam a sobreposição de aspectos em jogo nas repetições do movimento psicanalítico: questões teóricas, clínicas, institucionais e políticas. Ou seja, o que move a transmissão é o interesse por manter um legado. Qual legado será transmitido e qual será a forma por meio da qual esse legado será transmitido não é algo que esteja desconectado da própria metapsicologia, clínica e história. Questão que permanece no movimento psicanalítico desde sua criação."
Érico Andrade e Thais Klein
SUMÁRIO
Prefácio – De estátuas a encruzilhadas, por Érico Andrade e Thais Klein
Introdução
Parte I — Freud e a institucionalização da psicanálise
1. Tempos de guerra
2. La théorie, c’est bon, mais…
2.1 A teoria como proibição do pensamento3. Freud e o movimento psicanalítico
3.1 O convite à transferência
3.2 A Sociedade Psicológica das Quartas-Feiras
3.3 A “transferência” das transferências
3.4 A criação da IPA
3.5 Freud e o retorno a Freud
3.6 Recusa da amizade
3.7 O Comitê Secreto
3.8 A “bomba”
3.9 Dura lex, sed lex: o assassinato do pai
3.10 A formação superegoica
3.11 O assassinato do pai
Parte II — A psicanálise em meados do século XX
4. Problemas em formação
4.1 Os sintomas de uma cultura psicanalítica
4.2 O candidato “normal” e sua ecologia
4.3 As vicissitudes da transferência na formação psicanalítica
4.4 Semper reformari debet
4.5 Lacan, analista didata
Parte III — Lacan e o corte transferencial
5. Do retorno a Freud ao último freudiano
5.1 Lacan e o retorno a Freud
5.2 Transmissão e transferência
5.3 O último freudiano6. “Novos” problemas em formação
Parte IV — Em busca do tempo perdido
7. Um ensaio antropofágico: o caso Amílcar Lobo
7.1 A hora do carneiro
7.2 A hora do lobo
Parte V — Epílogo
8. Uma hipótese sobre a situação atual da psicanálise
Conclusão
Referências
Sobre o autor
DANIEL KUPERMANN é psicanalista; professor livre docente do Departamento de Psicologia Clínica e do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), onde coordena o psiA — Laboratório de pesquisas e intervenções em psicanálise; é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq; vice-presidente da International Sandor Ferenczi Network e membro do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi; autor dos livros Por que Ferenczi? (2019) e Estilos do cuidado: a psicanálise e o traumático (2017), publicados pela Zagodoni. Pela Editora Artes & Ecos, publicou Seria trágico... se não fosse cômico: psicanálise e humor (organizador, 2ª edição em 2020) e Presença sensível: cuidado e criação na clínica psicanalítica (2ª edição ampliada, 2021), Ousar rir: humor, criação e psicanálise (2ª edição, 2021) e Transferências cruzadas: uma história da psicanálise e suas instituições (4ª edição publicada em 2025).
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R$ 79,00Preço
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